DC: A Nova Fronteira – Review
DC: A Nova Fronteira, é um daqueles quadrinhos que nos dá um vazio após terminar. Acompanhe nosso Review da Obra.
Uma obra-prima
DC: A Nova Fronteira é uma série em duas edições escrita por Darwyn Cooke em 2004. Esta incrível obra, nos traz a origem do universo de heróis da DC contada de uma forma muito mais adulta e séria, com vários contextos políticos e sociais da época. Darwyn Cooke não só tem um traço retrô incrível, como retrata em seu roteiro vários clichês e referências da época, fazendo deste quadrinho uma experiência única.
Nos Estados Unidos dos anos 50, após o término da Segunda Guerra Mundial, foi lançado um decreto do senador Joe McCarthy para que os super heróis se registrassem, revelando suas identidades secretas ou seriam considerados traidores por agir na clandestinidade. Nesta situação, a Sociedade da Justiça da América se dissolve e seus heróis abandonam “temporariamente” seu trabalho como vigilantes, mesmo após ajudarem a derrotar os nazistas. Apenas o Superman e a Mulher-Maravilha trabalham para o governo, agindo nos conflitos armados ao redor do mundo neste período.
Neste incrível contexto onde temos a Guerra Fria se iniciando e junto com ela a famosa “Corrida Espacial”, a narrativa de DC: A Nova Fronteira começa nos contextualizando desde os últimos dias da Segunda Grande Guerra e se estendendo até o início de 1960. Dentre estes acontecimentos, começam surgir um a um os grandes personagens da Editora das Lendas, mas totalmente dentro deste período incrível. O Mais interessante nesta obra, é que cada capítulo é narrado por cada um dos heróis e personalidades do universo DC. Temos desde Rick Flagg do esquadrão Suicida, ao incrível Caçador de Marte.
Aliás, uma grande vantagem da narrativa deste quadrinho, é que ele não usa nenhum dos heróis da Trindade da DC (Superman, Batman e Mulher-Maravilha) como força motriz do enredo. Eles aliás, são vistos muito mais como a “inatingíveis” e “supremos”, fazendo com que Darwyn Cooke não precise deles para a resolução da maioria das tramas que este quadrinho nos mostra. Acompanhe as origens do Flash, Caçador de Marte, Lanterna Verde e outros heróis da DC nesta “Terra Alternativa”, mas totalmente em conformidade com a época em que se passa.
Um dos grandes detalhes da obra, é que na visão do Caçador de Marte, são mostrados vários conceitos de lutas sociais pertinentes até hoje, como o racismo e o preconceito. E também, é mostrado quando o oprimido resolve reagir, na figura do vigilante John Henry e seu Martelo Voraz. O Quadrinho expressa exatamente todo o sentimento social dos anos 50 e todas as discussões sobre racismo. Por incrível que pareça, a obra é atemporal até nestes assuntos.
DC: A Nova Fronteira vale a pena?
Sim! Vale demais! O Encadernado da Panini desta obra está recheado de extras, fora que o trabalho de diagramação está incrível. O mais interessante desta obra de Darwyn Cooke, é que ela vem com vários textos ajudando a contextualizar não só a época, mas também acontecimentos históricos, como a própria corrida espacial entre os Americanos e os Soviéticos. Além de todo contexto heroico da história, temos um vilão incrível no quadrinho, que faz tudo o que lemos do começo ao fim, fazer um sentido incrível no final. DC: A Nova Fronteira é leitura obrigatória para todo fã dos heróis da DC Comics e de quem gosta de histórias alternativas, sem que a Trindade tenha que resolver tudo no final! Divirtam-se!
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Espero que vocês tenham gostado deste humilde review sem spoilers. Obrigado pela atenção e Até mais!