Double Dragon Gaiden: Rise of The Dragons – Um bom retorno da franquia

Double Dragon Gaiden: Rise of The Dragons, é o mais novo jogo da famosa franquia de games Beat’Em Up dos anos 80, Double Dragon. Desenvolvido pela Secret Base e distribuído pela Modus Games, o jogo traz de volta toda nostalgia e novos elementos para os fãs da série de jogos. Leia abaixo, nosso review desse ótimo retorno.

O que acontece em Double Dragon Gaiden: Rise of The Dragons?

Nos anos 90 uma guerra nuclear devastou o mundo. Estamos nesta Nova York noventista e a cidade é dominada por quatro gangues violentas que lutam pelo controle da cidade. Temos os Régios, comandados por Duke (Double Dragon IV), Os Assassinos, comandados por Willy Metranca (vilão em vários títulos de Double Dragon), Clã Okada, liderado por Lady Okada (de Double Dragon IV) e o Culto do Triângulo, comandados pelo misterioso Anúbis. Além dos bosses de cada fase, algumas delas tem sub-bosses conhecidos da franquia, como Abobo e Burnov.

Os heróis do game, os irmãos Billy e Jimmy Lee, conhecidos como Os Dragões, são acionados pelo novo prefeito da cidade, que lhes pede ajuda para limpar as ruas dos bandidos. Com a ajuda da famosa namorada de Jimmy, Marian, e o conselheiros dos irmãos, Tio Matin, eles começam a batalha pela conquista da paz nessa Nova York Distópica. Será que nossos heróis vão dar conta do recado?

Características e Gameplay

Double Dragon Gaiden: Rise of The Dragons, além de trazer os conceitos clássicos de Beat’Em Up já conhecidos (E até mesmo atualizados por games como Streets of Rage 4 e Teenage Mutant Ninja Turtles: Shreeder’s Revenge), possui muitos elementos de Roguelite em sua gameplay.

Como já citado acima, podemos escolher entre 4 personagens jogáveis. Billy, Jimmy, Marian e Tio Matin. Cada um deles, possuiu o seu estilo único de gameplay, forçando totalmente o jogador a bolar suas combinações de forma estratégica para sua corrida até o final do game. Cada personagem possui três golpes especiais, que podem ser anti-aéreos, a distância e corpo a corpo.

Uma das mecânicas interessantes da gameplay, é podermos usar um “TAG Mode”, nos mesmo moldes de jogos como Marvel vs. Capcom, onde jogamos com um personagem durante o estágio e quando necessário, podemos trocar no meio do combate em várias situações ofensivas e defensivas. O personagem que vai para reserva, tem sua vida recuperada com o tempo. Para esta ação, é necessário que a barra de energia (barra azul abaixo da barra de vida), esteja cheia. Ou seja, controlamos dois personagens na jogatina! Até o fechamento desse review, o jogo ainda não disponibiliza um modo CO-Op online, apenas local.

No início do game, podemos escolher atacar uma das quatro gangues. Esta primeira fase geralmente é curta e enfrentamos um dos bosses do game. E, conforme o jogo vai se desenrolando, as fases das gangues que sobraram começam a aumentar suas defesas, podendo tornar-se maiores, mais perigosas (cheia de armadilhas como espetos, rochas e outros) e com mais inimigos. Ou seja, o jogador escolhe suas rotas e também, paga o preço por essas escolhas com as dificuldades aumentando.

Mas, para isso, o jogador também recebe recompensas. Durante os combates, você adquire dinheiro e no final de cada fase/estágio (as fases vão aumentando, tendo de 1 a 3 estágios ao todo), você recebe a opção de dar upgrades em seus dois personagens jogáveis. E é aí que o jogo brilha, pois as vantagens vêm de forma aleatória e você deve escolher com sabedoria, pois as fases vão ficando mais difíceis.

Além disso, o jogo possui uma mecânica diferente com os itens de recuperação de vida. Para receber os alimentos no game e recuperar vida durante o combate, o jogador deve efetuar um “Crowd Control” (controle de multidão), que nada mais é do que nocautear de 3 ou mais oponentes de uma vez com um golpe especial, o que o game chama de “Special K.O.“, sendo 3 para ganhar um cachorro-quente, 4 para um Hambúrguer e 5 ou mais para um Frango Assado. Ou seja, até o uso dos especiais tem de ser estratégicos e para o momento correto.

O Jogo possuiu dois finais. E, ao final deste encerramento escolhido, o jogo conta todo seu dinheiro ganho e lhe dá fichas, para você trocar por recompensas na “Loja de Fichas” do jogo. Estas recompensas são para desbloquear personagens secretos, músicas, dicas, etc. Vale lembrar, que estas fichas ficam armazenadas e também, são usadas para ressurreição de seus personagens, caso seus continues acabem.

A dificuldade do jogo também pode ser totalmente personalizada, fazendo com que quanto mais difícil se deixe o jogo, o ganho de fichas no final seja maior. Quanto mais fácil, menos fichas no final. A escolha é sua!

O jogo possui vários troféus bacanas em suas versões para PC, XBox Series, Playstation 4/5 e Nintendo Switch e vai demandar muitas e muitas horas de jogatina.

Double Dragon Gaiden: Rise of The Dragons, vale a pena?

Olha, depois de muitas horas jogando o game em busca dos troféus e desbloqueios, digo que o game é muito bom no que se propõe. Ele usa o que já está sendo utilizado nos atuais games de Beat’Em Up e coloca novos elementos para concorrer. Obviamente, o jogo possuiu alguns defeitos, que podem ser corrigidos com patches. Um desses defeitos, é que a cada Crowd Control que efetuamos, o jogo para a tela com o prêmio e tira muito, aquela sensação de continuidade no combate. É legal nos primeiros minutos do game, mas depois é chato demais. Outro problema, é não ter o Co-Op online ainda, mas os desenvolvedores já disseram que vêm logo mais. Também há a falta de outros modos de jogo, pois só o modo história veio, por enquanto. Há a previsão de mais modos também. Fora estes detalhes, o jogo é muito divertido, dinâmico e com muito fator de rejogabilidade. Além de tudo, está todo em português. Pra quem é fã dos famosos Briga-de-rua, o jogo é um prato cheio!

NOTA DO REDATOR: 4/5.

Gosta de jogos Beat’Em Up? Não deixe de ouvir nosso episódio do CrossoverCast sobre o assunto no player abaixo ou, em seu agregador predileto: